Centaurea

ESG na pauta do comércio exterior

Na prática, quem adota ESG ganha em:

– Atração de investimentos;

– Melhora da imagem da empresa perante todo o mundo;

– Atualização às tendências, que resulta em acompanhamento do mercado.

Veja abaixo alguns exemplos de como o conceito ESG está presente no dia a dia do comércio exterior e mais avanços que precisam da atenção de quem atua na área.

> Frete marítimo: cerca de 90% do comércio mundial é feito pelo mar e, até 2020, era permitido 3,5% de enxofre no combustível dos navios. Contudo, a regra conhecida como IMO 2020 reduziu o máximo para 0,5%. O novo limite significa uma redução de 77% no total de emissões produzidas pelos navios, o que equivale a uma redução anual de aproximadamente 8,5 milhões de toneladas de óxidos de enxofre.

> Importante para as finanças: em 2020, um estudo da Ágora Investimentos demonstrou que empresas que adotaram as políticas ESG tiveram rentabilidade acima da média do Ibovespa — indicador médio do desempenho das ações brasileiras.

> Atenção aos parceiros: ESG tem relação direta na forma como as empresas do comércio exterior fazem suas negociações e com quem. Para entender melhor, vale destacar que os mesmos princípios adotados pela empresa precisam ser aplicados pelos seus parceiros e a toda cadeia de suprimentos. Por exemplo: não adianta estabelecer ações com o conceito para os seus colaboradores e importar insumos de um fornecedor que não tenha um olhar voltado ao bem-estar e garantia dos direitos.

> Mercado de Carbono: tem como base a compra de “créditos” por países ou empresas que ultrapassem suas metas de emissão de gases definidas no Protocolo de Kyoto. Diversos países têm feito suas regulamentações sobre o assunto e os valores impressionam. A oferta brasileira desses créditos corresponde a cerca de 12% das emissões mundiais no mercado voluntário, segundo estudo da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil) em parceria com a WayCarbon. O país pode atender a 48% da demanda global até 2030, o que corresponde a US$ 120 bilhões. Para isso, é preciso que a legislação que o regulamenta (em trâmite) avance.