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A China vem ganhando mais espaço no fornecimento de produtos aos países vizinhos do Brasil em relação ao período pré-pandemia, segundo dados levantados pelo jornal Valor Econômico. Entre as cinco maiores economias da América do Sul após o Brasil – Argentina, Colômbia, Peru, Chile e Equador -, a China avançou na participação de fornecimento de bens para todos os mercados entre 2019 e 2022.
Os chineses forneceram no ano passado pelo menos 20% do quinhão das importações em todos os cinco países, sendo que em três deles – Peru, Chile e Equador – a fatia passa dos 25%. No mesmo grupo de países, o Brasil conseguiu aumentar o seu quinhão de mercado em três destinos desde 2019.
No entanto, os produtos brasileiros recuaram na Argentina, onde além de perder fatia de mercado, também viram os chineses tomarem a posição histórica do Brasil de exportador líder durante a pandemia. Também houve recuo de participação no Equador, onde o Brasil é seguido de perto pela Coreia do Sul.
A China exportou para os cinco países um total de US$ 81,4 bilhões em 2022, seguida pelos americanos, com US$ 71,2 bilhões. O Brasil vendeu ao mesmo grupo de países um total de US$ 36,3 bilhões em produtos.
Os mercados sul-americanos são grandes compradores de manufaturados como automóveis, suas partes e peças, além de tratores, equipamentos agrícolas e produtos laminados de ferro e aço, mas também passaram a absorver parcela maior de commodities brasileiras nos últimos anos.
Vale ressaltar que a diferença de dados entre os países acontece em razão do intervalo de registro de embarques e desembarques e de certos critérios metodológicos. O Brasil, por exemplo, utiliza valor Free on Board (FOB) enquanto alguns países vizinhos, como Chile, Colômbia e Argentina, usam o Cost, Insurance and Freight (CIF). A diferença é que valores como frete e seguro não estão incluídos em valores FOB, mas integram valores CIF.