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Por Alessandra Lopasso
O frete internacional vem com uma evolução critica desde 2014, com o aumento do custo de produção dos containers (que foi repassado para os armadores para sua renovação de frota) na razão de 80%.
A estratégia de se manter como único fornecedor deste tipo de produto vem desde a década de 1980, onde a China se posicionou como mão de obra barata para esse produto. Produto esse que vem da base de minérios que são exportados daqui do Brasil e industrializados lá a preços que jamais o Brasil ou outra economia conseguira produzir, em larga escala. Portanto uma vez com o domínio do mercado, esse aumento se deu pela tomada da China como produtora quase que exclusiva de containers (hoje 98% da produção dos containers é feita na China).
Os armadores não acataram o aumento e, portanto, não renovaram suas frotas e em 2019, a falta de containers já era apercebida, porém com o fluxo normal dos fretes, e reposicionamento natural, estes foram atenuantes.
Linha do tempo de frete marítimo
2014 – 2019 falta de equipamento, diminuição no valor do frete a níveis não sustentáveis para compensar a falta de container com os posicionamentos. Em 2017 / 2018 tivemos fretes negativos.
2019 – Compensação do frete com incremento de taxas como adicional de bunker e outros.
2020 – Pandemia, mercado estático no primeiro quadrimestre, frete manteve-se baixo até maio.
2020 – Junho a dezembro – aumento do frete mensal, em torno de 50% a 100% a cada mês, gradativamente.
2021 – Janeiro a abril – frete estático aguardando.
2021 – Abril a outubro de 2022 – Maior aumento de frete comparado a 2020 em torno de 300%.
2021 – Outubro a abril 2022 – Maior aumento de frete comparado a 2020, em torno de 470%.
2022 – Abril a julho 2022 – Estabilidade de frete.
2022 – Agosto a dezembro 2022 – início da baixa de frete.
Previsão de frete para início de 2023:
Estável
Níveis – CHINA / BRASIL – Entre 2500 / 3500 dólares por TEU.
Níveis – EUROPA / BRASIL – Entre 1800 EUR / 3500 EUR POR TEU.
Níveis – ESTADOS UNIDOS / BRASIL – Entre 1500 / 3500 / por TEU.
Referente ao frete aéreo comportamento mais drástico.
– Em dezembro de 2019 níveis de frete totalmente em acordo com o mercado.
– De março 2020 níveis de frete inexistentes, todos os voos de carga mista (passageiro + carga) cancelados. Apenas disponível cargueiros e cargueiros com afretamento.
– 70% do mercado de carga era movimentado por voos de passageiro (misto).
– Com a saída dos aviões de passageiro tudo ficou para cargueiros ou afretamentos.
– Preço dos afretamentos aumentaram 200%
– Preço dos cargueiros acompanhou o mesmo aumento.
– De julho 2020 a abril 2021 aumento chegou a 300% no frete aéreo, para voos cargueiros.
– De abril de 2021 a abril de 2022 – Aumento chegou a 500% em comparação a dezembro de 2019.
– De abril de 2022 até o momento, a tendência é estável dos fretes com projeção de leve baixa, uma vez que as atividades do setor de turismo e negócios sofreu com a falência e fechamento de várias cias aéreas e rotas.
Para 2023, a tendência é se manter estável, não há tendência de baixa
Fonte: Frete marítimo sobe 470% e impacta inflação global; entenda os motivos (suno.com.br)